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Na República houve certamente gente moderada ao lado dos iconoclastas. Mas predominou a linha dura, que agrediu a maioria católica.
A haver uma comemoração do seu primeiro centenário ela devia destinar-se sobretudo a honrar as heróicas vítimas que o novo regime provocou e não engrandecer os algozes e caceteiros que o desacreditaram.
Os dois documentos que colocamos a seguir não devem merecer grande importância, mas serão apenas uma curiosidade histórica que testemunha até aonde pode levar a cegueira da paixão.
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Credo republicano
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Creio na Deusa Natureza, toda-poderosa, criadora da terra lusitana, e na República, uma só e sua filha, nossa Senhora, a qual foi concebida do Espírito revolucionário; nasceu na cidade de Lisboa, padeceu sob o poder da monarquia tirana, foi crucificada, morta e sepultada em 31 de Janeiro de mil oitocentos e noventa e um, desceu às masmorras do jesuitismo; em cinco de Outubro de mil novecentos e dez, ressurgiu do martírio, subiu ao poder, está sentada à mão direita do Povo soberano, todo-poderoso, donde julgará os vivos e os mortos, mártires e traidores da Pátria.
Creio na República portuguesa, na Igreja da Honra e da Moralidade, na comunicação do povo, no arrependimento dos trânsfugas e farsantes, na ressurreição da Pátria, na vida eterna da Ordem e do Trabalho.
Ámen.
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Ave-Maria
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Ave República, cheia de graça, o Presidente é convosco; bendita sois vós entre as nações livres e bendito é o governo da vossa Revolução.
Santa República, mãe dos Portugueses, rogai por nós, mártires da monarquia, agora e na hora da redenção universal.
Ámen.
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